Um Novo Êxodo

Jogo: Supernova: Um Novo Êxodo
Edição: Primeira Edição
Nº de Players: 2

Terra, 2225. A humanidade estava a beira de um desastre.

100 anos atrás, conseguimos realizar a primeira missão de exploração e colonização de Marte. Era uma conquista e tanto, pois após centenas de anos sonhando com a conquista do espaço, estávamos conseguindo avançar para longe do nosso planeta natal. Lá estavam, a bordo da Ares VII, os primeiros humanos colonizadores de Marte. Ou já podiam se considerar marcianos?

A alegria durou muito pouco. Após iniciar o protocolo de terraformação, com o intuito de tornar Marte um planeta que sustente a vida, os primeiros terremotos surgiram. Pânico tomou conta de todos os tripulantes, que não sabiam o que estava acontecendo. Poderia o solo do planeta estar rejeitando o oxigênio?

De lá, saiu a primeira criatura alienígena. De aparência humanóide, porém com algumas feições diferentes. Parecia estar meio desesperado, como se o oxigênio o sufocasse. A criatura atirou com uma espécie de arma no transformador de oxigênio e fez gestos, indicando para o astronauta seguir. Enquanto o capitão da expedição seguia em direção ao túnel que surgiu junto a criatura, todos os outros tripulantes foram mortos por tiros.

Embaixo da terra, a maior surpresa: uma civilização inteira, com diversas naves e construções. Embora elas não seguissem um padrão extremamente diferente de uma nave da Terra, elas tinham um aspecto único. A aerodinâmica era algo totalmente novo, nunca concebido antes.

A câmera do capitão ainda funcionava, que transmitiu todas as imagens para a NASA. A criatura fez o capitão andar em direção a um laboratório, onde pretendiam estudar a nova espécie invasora. Ao retirar sua roupa, o astronauta morreu na hora com a falta de oxigênio.

Terror e caos se gerou em toda a Terra. O conselho da NASA e da ONU declararam que os atos dos marcianos eram considerados hostis e alguma medida precisava ser tomada diante tal situação. Assium começou o protocolo Ephesus, um projeto de construção de diversas naves militares, robôs de combate adaptados para solo marciano e treinamento bélico de todos os astronautas. A Terra estava pronta para um contra-ataque.

A guerra se extende até hoje, havendo todos os dias combates nos mais diversos quadrantes da nossa galáxia. A Estação Espacial Internacional, que um dia ja foi um laboratório de pesquisas, hoje é um enorme arsenal e um posto avançado para os soldados da guerra. Nenhum canto da galáxia ficou esquecido nessa batalha, tendo bases de ambos os lados em diversos planetas e outros corpos celestes.

Essa seria uma guerra sem um fim próximo, se não fosse o evento que mudaria tudo: O Sol finalmente atingiu seu limite e começou a se tornar uma supernova. Considerando a massa do sol e sua importância para a vida em ambos os planetas, todo tipo de vida estava sob risco de extinção. A guerra não importava mais.

Infelizmente, 100 anos de guerra espacial deixa cicatrizes e nenhum dos lados quis cooperar para uma convivência mútua. O que antes era um combate direto, acabou se tornando uma guerra fria em busca de recursos para sustentar a vida.

Naves que antes foram desenvolvidas exclusivamente para guerras, hoje abordam suprimentos e outros recursos. Não que tenha acabado o combate: ainda se tem muita destruição. Mas antes era uma busca por dominação, hoje é por sobrevivência.

Todas as naves próximas ao sol estavam evacuando, devido ao raio de destruição. Logo, alguns corpos menores como o cometa Halley e a lua Deimos estavam deixando essa existência. Já extraídos de todos os seus recursos, não restava muito para eles. Algumas naves menores acabaram se perdendo em postos nesses locais.

Um dos artefatos coletados em expedições a Phobos acabou sendo de extrema utilidade para os terráqueos. Rumores diziam que a Terra estava a construir um campo eletromagnético resistente a qualquer tipo de energia radioativa cuja temperatura ultrapassasse os 300ºC. Um escudo como esse protegeria a Terra de efeitos devastadores da supernova, embora ainda colocasse a galáxia em risco.

O problema é que a construção exigia algum componente radioativo cuja durabilidade fosse alta. Em Phobos, foi encontrado um novo elemento, batizado de Phobonium, que provou ser exatamente o que os terráqueos procuravam. Os marcianos não podiam deixar que o cruiser chegasse em segurança a terra e concentraram toda sua energia para ir atrás, tomando a terra no processo. Marte foi evacuada.

Parecia sem esperanças para a Terra quando os marcianos tomaram controle da Estação Espacial, a última base terráquea restante. A supernova havia devorado todos os outros pontos restantes. Não havia Phobonium suficiente para manter o campo ativo por muito tempo, já que grande parte do carregamento estava na Estação. Mas era questão de horas até a supernova alcançar a Terra.

Em uma medida desesperada, todas as agências espaciais concordaram que um sacrifício precisa ser feito. Para preservar a vida humana, precisariam abrir mão de boa parte de sua tecnologia espacial. Um míssil termonuclear foi disparado na direção da Estação Espacial, com o intuito de atrasar os planos marcianos.

O campo foi ativo bem na hora do impacto da supernova. Os tremores podiam ser sentidos em todas as partes do planeta. Como não havia energia suficiente, parte da radiação acabou entrando e alguns locais acabaram sendo contaminados. O primeiro local que tivemos confirmação de perdas foi a Oceania, que acabou afundando em meio aos tremores, seguido do Japão.

Depois da supernova, só havia escuridão. A Terra parecia ter parado no tempo, não havia registros de nenhuma vida fora do planeta. Só havia silêncio…

A humanidade sobreviveu a Supernova.

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